28 de fevereiro de 2022
Para aumentar a produtividade, a eficiência e a segurança da mina de cobre Aitik, a Boliden seguiu o caminho da automação. A frota de Pit Vipers será controlada remotamente por operadores.
A empresa sueca de mineração e fundição Boliden planeja elevar a cota de produção na mina de cobre a céu aberto Aitik para 45 milhões de toneladas métricas para 2020. Para atender à cota, a Boliden precisava fortalecer sua frota de Pit Vipers das cinco que estão em operação atualmente.
A solução tradicional e óbvia seria investir em Pit Vipers adicionais. Ainda assim, a Boliden estava interessada em ver se a utilização da automação e a operação de sua frota com Pit Vipers de fila única remotas e semi-autônomas poderiam servir como solução. Um motivo para converter para operações remotas e autônomas é a oportunidade de reduzir o tempo de não perfuração, aumentar a utilização e obter produtividade.
"Algumas vantagens do aumento da automação são que podemos aumentar a taxa de uso e ser mais econômicos. Além disso, há menos desgaste nas coroas de perfuração, o que afeta positivamente a vida útil dos consumíveis e reduz a manutenção. Obtemos mais consistência na profundidade e precisão do furo de perfuração, o que produz melhores resultados de desmonte", diz"
Aitik é uma das maiores minas da Europa e é uma operação de cobre líder mundial com um grande poço visível do espaço. "Sua profundidade é de 450 metros e uma largura de vários quilômetros, exigindo de 15 a 20 minutos de tempo de condução para que os operadores viajem de e para o nível da superfície. Há também uma mina satélite ainda mais distante. As pausas na produção para o almoço podem durar uma hora", diz Peter Palo, gerente de projetos da Boliden Aitik.
Outro fator levado em consideração é o clima ártico de inverno, com tempestades de neve e frio intenso que reduz a visibilidade, a segurança ao dirigir e as condições do local de trabalho. Tanto a Boliden quanto a Epiroc estavam curiosas para ver se as Pit Vipers automatizadas poderiam lidar com essas condições.
A primeira etapa foi realizar um teste com uma das Pit Vipers, convertendo e atualizando a máquina para operação remota. Uma sala de reuniões no prédio do escritório da mina foi convertida em uma sala de controle temporária. A WLAN no poço foi atualizada e fortificada para aumentar a cobertura e a largura de banda. A Boliden foi treinada para operar as Pit Vipers por controle remoto. Os principais indicadores de desempenho geraram resultados positivos, e a tecnologia de Automação da Pit Viper recebeu feedback positivo dos operadores.
"Há mais informações sobre como converter em operações automatizadas do que você imagina. Para aproveitar todas as vantagens da automação, você precisa mudar e melhorar sistematicamente as rotinas, adaptando-as aos novos processos. A parcela do leão do trabalho envolve fazer com que as pessoas mudem seus hábitos para atingir o objetivo comum. Boliden fez um trabalho tremendo, estabelecendo a base para as mudanças necessárias no processo", afirma Fredrik Lindström, Gerente de Produtos de Automação da Epiroc.
A próxima etapa envolveu a conversão das outras quatro Pit Vipers para operação remota, ao mesmo tempo em que atualizava a primeira Pit Viper para lidar com uma operação autônoma de fileira única. A autonomia, neste caso, implica que o operador inicie o processo, deixando a Pit Viper perfurar uma fileira inteira de furos de desmonte por conta própria e se mova de forma autônoma entre os furos de perfuração. Quando a fileira estiver concluída, o operador move e prepara a máquina para a próxima fileira de furos.
Comparando a Pit Viper semiautônoma de fileira única com uma máquina operada manualmente, sob condições ideais, a Boliden mediu um aumento na utilização de 45 a 50% a 80% e um aumento de 30% na produtividade.
"Estamos muito satisfeitos com os resultados, e é por isso que estamos convertendo o restante da frota de Pit Viper em operação remota, como um passo em direção à mais automação", diz Peter Palo.
Os operadores lidaram excepcionalmente bem com a transição para operações remotas. A transição para operações remotas pode ser atribuída, em parte, à forma como o sistema de controle de operações no local foi projetado, para imitar os controles integrados da Epiroc Pit Viper, com a mesma configuração.
"Estamos operando remotamente há um ano e todos estão felizes. Alguns dos operadores estavam preocupados em aprender a usar a tecnologia, mas isso se estabeleceu rapidamente. Eles gostam de trabalhar juntos em uma sala de controle no prédio de escritórios. É um ambiente de trabalho melhor, mais fácil de trocar experiências e socializar", diz Peter Palo, continuando: “Lidar com o clima de inverno também foi fácil, apesar das fortes nevascas e baixas temperaturas por dias a fio. Até mesmo o Sistema de Detecção de Obstáculos a laser lidou de forma esplêndida durante a nevasca. Os sistemas automatizados parecem suportar muito bem as condições árticas."
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