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Impulsionando a cadeia de valor com camadas focadas

26 de dezembro de 2022

Uma pergunta simples, mas provocante, eternamente viva nas mentes inovadoras no setor de mineração é: "Como será o futuro da gestão de uma frota de equipamentos de mineração autônomos?" Christopher Blignaut, da Epiroc, EUA, aborda como ampliar os limites da interoperabilidade mantendo, ao mesmo tempo, um nível de foco de controle.
Pit VIper 351 at Aitik

O Mobius for Drills permite que os fabricantes de equipamentos de perfuração realizem facilmente a integração por meio de arquitetura dimensionável.

Ao longo dos últimos 100 anos, a base da pergunta mudou pouco, a não ser pelo acréscimo da palavra "autônomos" e uma mudança no contexto no qual ela é feita (do minerador para o fornecedor). Como acontece com muitas dúvidas gerais, as soluções acabam por sucumbir a um viés formado por um misto de opinião, experiência e influência percebida. O setor já tentou abordar isso por meio da oferta de inúmeras soluções que moldam o cenário digital e físico da mina, criando rodovias para automação dimensionável. No entanto, nessa busca, ele acabou por rumar para um novo problema: a promoção de uma dicotomia entre a interoperabilidade e um foco nos componentes da cadeia de valor.

 

Interoperabilidade vs. Foco

Sabe-se que, no setor, há uma cadeia de valor de mineração atuando como um envelope para todas as principais decisões em uma mina, mas ela é frequentemente diluída pelas operações diárias dentro de componentes individuais. Para mitigar essa diluição, as minas pedem um forte grau de interoperabilidade na cadeia de valor, abrangendo desde o controle do equipamento até os dados. Ao mesmo tempo, cada processo e equipamento vem ficando mais inteligente e mais eficiente, produzindo mais dados. Tudo isso é capaz de usar efetivamente o contexto da cadeia de valor para melhorar a produtividade e a segurança.

 

O problema surge quando as soluções de integração de sistemas são desenvolvidas para serem interoperáveis dentro dessa cadeia de valor, mas, consequentemente, perdem o foco em sua camada individual. Essas soluções se expandem individualmente a partir de um escopo específico focado na cadeia de valor mais ampla, criando uma sobreposição grande, mas insatisfatória. Em termos simples, os sistemas que estão resolvendo o problema de interoperabilidade não estão aproveitando a profundidade ou o foco dentro de camadas individuais em uma mina. Um exemplo é um sistema de gestão de grandes frotas, que tem como objetivo conectar a gestão de execução em vários tipos de equipamentos, mas acaba deixando de lado grande parte dos dados detalhados e da capacidade de controle de cada tipo de ativo. Isso propõe uma dicotomia nada saudável entre o valor gerado a partir de dados altamente focados e o controle de equipamentos e o valor de se conectar a cadeia.

Mobius for Drills fleet management platform

Interface flexível e natural para uso e navegação eficazes.

Foco em camadas

A Epiroc, juntamente com a ASI Mining, tentou resolver esse problema de várias maneiras, e esse é um dos principais objetivos do recém-lançado Mobius for Drills. Ele atua para fornecer controle independente e focado, além de camadas de dados de perfuração, mas faz parte da plataforma Mobius, herdando uma implementação totalmente dimensionável de interoperabilidade. A plataforma Mobius permite que a Epiroc (e, portanto, a mina) não apenas combine camadas focadas da cadeia de valor, mas continue a dimensionar a automação em cada camada de maneira clara e eficaz.

 

Ao fazer isso, tem-se a vantagem da interoperabilidade ao passo que se minimiza a perda de informações e o controle entre cada camada da cadeia de valor de mineração. Mais especificamente, a Epiroc pode continuar a desenvolver e melhorar a plataforma de perfuração com uma cadência estável desde o hardware físico até o controle autônomo.

 

Assim, o Mobius for Drills fornece a capacidade de incorporar imediatamente o valor máximo dessas mudanças, tanto nos dados mais detalhados quanto na camada de controle para a perfuratriz, além de um ecossistema compartilhado pela cadeia de valor. É provável que esses tipos de plataformas de desenvolvimento compartilhadas se tornem cada vez mais importantes no futuro.

 

Decisões em um ambiente altamente interrelacionado

À medida que o cenário digital de uma mina se aproxima da representação de sua realidade física, ele revela a verdade universal de que as minas são um ambiente altamente interrelacionado. Tomar uma decisão simples, como onde colocar dois ativos em uma área de trabalho compartilhada ou a resposta a um pequeno erro de máquina, pode ter impactos significativos, tanto antes quanto depois do processo em questão. À medida que mais sensores e parâmetros são adicionados às máquinas e pontos de medição e controle são aprimorados, os resultados desejados podem ser alcançados mais rapidamente em uma área. Contudo, isso também pode resultar, com frequência, em ineficiências inesperadas sendo descobertas em outros locais. Pode-se dizer que, na maioria das vezes, essas ineficiências são criadas sem intenção e nunca verdadeiramente identificadas, mas são sempre percebidas nos resultados financeiros. No entanto, nem toda decisão pode ser sempre tomada com absoluta confiança. Na verdade, tentar fazer isso gerará atrasos nas decisões. Porém, é impossível prever e medir melhor esses impactos interrelacionados sem uma perspectiva de cadeia de valor. Isso destaca a importância de um ambiente interoperável, pois cria as conexões necessárias que resultam em transparência compartilhada e responsabilidade das decisões nesse ambiente.

 

O Mobius for Drills tem duas maneiras de embasar decisões no contexto de um ambiente interrelacionado. O primeiro está nos relatórios, que são essencialmente a visualização e a disseminação de dados como informação. Nesse sentido, os relatórios não são limitados a uma única fonte de dados, e isso permite que sejam construídos em uma hierarquia que exibe um impacto de alto nível em toda a cadeia de valor, bem como uma análise detalhada de fatores individuais. Isso é motivado pela ideia de que os dados devem ser centrados no processo, e a governança dos dados deve permitir o aproveitamento de modo que um processo possa ser completamente descrito por todos os seus dados relevantes.

 

A segunda maneira de embasar as decisões é por meio de uma camada compartilhada de conscientização e controle situacional. Isso significa que uma única interface pode mostrar todos os ativos em uma única área, incluindo seu status de missão e o gerenciamento da forma como eles interagem entre si.

Imagem de operadores em uma sala de controle com o Mobius for Drills da Epiroc.

As visualizações detalhadas capturam informações valiosas da perfuração em um ambiente digital.

Combinação entre mudança e flexibilidade

Um equívoco comum no setor é a ideia de que os processos de mineração (como perfuração, detonação, carregamento e transporte) se tornam mais simples com a robótica e a digitalização. Na verdade, eles se tornam mais complexos, pois fornecem à mina mais ferramentas para identificar e abordar áreas de melhoria. Por mais que as empresas se esforcem, elas não têm como automatizar totalmente o processo iterativo de monitoramento, controle e otimização. Os relatórios de fim de turno padrão e um relatório de desvio entre o plano de longo prazo e o controle de intervalo curto sempre existirão como maneiras de interagir com as operações. Isso resulta em um fluxo constante de mudanças, pois as minas identificam novos fatores de valor ou constantemente encontram maneiras de melhorar.

 

Um dos objetivos do Mobius para as perfuratrizes nesse sentido é reconhecer que ele pode ajudar a propiciar a mudança. A gestão de mudanças é um conceito amplo aplicado a todos os lugares, mas é essencialmente um processo para controlar o impacto da mudança e garantir que ela seja recebida positivamente. Por isso, a flexibilidade dos sistemas para mudar onde for necessário, de forma controlada, é fundamental. Para conseguir isso, a visualização e o manejo de dados precisam ser o mais flexíveis possível. Isso deve abranger desde a alteração dos tipos de gráficos usados nos relatórios até a seleção dos principais indicadores de desempenho e metas para a maneira de filtrar os dados. Do ponto de vista da percepção situacional, ele abrange desde quais alertas são levados ao operador ou supervisor até o modo como o status é representado.

 

Estudo de caso: Mina Aitik, Suécia

A Epiroc lançou recentemente o Mobius for Drills, na busca por um roteiro centralizado em torno da otimização da camada de perfuração, aproveitando todo o seu impacto na cadeia de valor. Projetado para operações pequenas ou grandes e em níveis variados de automação, ele tem como objetivo auxiliar o usuário na tomada de decisões diárias e estratégicas de longo prazo.

 

Em parceria com a Boliden, a Epiroc realizou um teste do Mobius for Drills na mina Aitik, na Suécia, incentivando a exploração da ferramenta e o desenvolvimento de recursos cruciais. A mina, um parceiro-chave da Epiroc, opera várias Pit Viper 351s elétricas autônomas e utiliza o conjunto completo de aplicações da Epiroc. O teste forneceu à Epiroc um feedback valioso e permitiu que a mina explorasse os amplos benefícios do Mobius for Drills. Quando o teste foi concluído, o Mobius for Drills (depois de pronto para o lançamento) continuou a ser utilizado na mina.

 

O Mobius for Drills permitiu que os operadores continuassem a utilizar o conjunto de tecnologias que auxiliou suas perfuratrizes totalmente autônomas e possibiltou que eles as aproveitassem ainda mais. Com o Mobius for Drills, os operadores puderam gerenciar os planos de perfuração juntamente com a total consciência situacional do equipamento. Além disso, todas as partes interessadas da operação de perfuração puderam acessar relatórios detalhados que exibiam muito mais dados gerados pela frota existente. Os operadores puderam analisar o desempenho de seus turnos com mais detalhes, e os gerentes passaram a ter valiosos relatórios de frota para referência.

 

O futuro da mineração

É provável que o Mobius for Drills seja apenas uma dentre um grupo de aplicações inovadoras na mineração que tenta ampliar os limites da interoperabilidade, mantendo, ao mesmo tempo, um nível de foco no controle e na geração de relatórios sobre os ativos. O valor potencialmente gerado a partir dessa abordagem e o feedback do setor na implementação dessas tecnologias continuarão a ser vitais para determinar a velocidade de sua adoção.



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