O estado de Durango, ao norte do México, parece muito com o faroeste americano. Com sua paisagem árida e empoeirada, pontilhada com cactos que se espalham como mãos verdes espinhosas e um cenário de amplas montanhas em tons de cinza, verde e roxo, Durango é conhecido há décadas como a imagem imortal do que costumava ser a vida na fronteira nos filmes de Hollywood. Desde a década de 50, esse estado esparsamente povoado tem servido como representação visual do México em dezenas de filmes de Hollywood, incluindo filmes de faroeste como Sete Homens e um Destino, Três Homens em Conflito e Os Imperdoáveis, que foram filmados lá e ganhou o apelido de Terra do Cinema.
Os visitantes do vilarejo de Velardeña, que tem ruas com fileiras de palmeiras e uma vista de uma faixa de montanhas secas e rochosas à distância, ficam com a sensação de que voltaram no tempo. Há pouco mais de dez anos, antes de o conglomerado de mineração Grupo Peñoles ter aberto uma de suas principais minas de zinco aqui em 2013, Velardeña era uma cidade fantasma que havia sido quase que totalmente abandonada por seus moradores.
Agora, graças aos engenheiros da Epiroc, essa pequena cidade é onde está uma das principais tecnologias do setor de mineração global: a carregadeira elétrica Scooptram ST14 SG acionada por bateria, anteriormente chamada Scooptram ST14 Battery.
Eduardo García Vaquera do Grupo Peñoles prende um guindaste da Epiroc a uma Scooptram ST14 SG localizada na mina de Velardeña, no norte do México.
Luis Humberto Vazquez, diretor da Peñoles
A carregadeira, que foi introduzida na mina de Velardeña no início de 2022, foi elogiada pelos funcionários da Peñoles e, não menos importante, pelos operadores, que dizem que a nova tecnologia oferece uma experiência mais limpa, mais fresca, mais silenciosa e mais eficiente para suas operações diárias, que são frequentemente realizadas em condições desafiadoras, como calor intenso, gases nocivos e ruídos ensurdecedores.
"Acreditamos que o uso de baterias, em vez do diesel, é o futuro da mineração", disse Luis Humberto Vazquez, diretor das minas na Peñoles e um dos mais altos executivos da empresa, quando a revista Mining & Construction conversou com ele em Torreón, uma cidade a apenas uma curta distância da mina de Velardeña.
"Estamos convencidos de que o uso de baterias continuará a evoluir para tornar o setor mais eficiente e otimizar melhor as operações, ao mesmo tempo em que reduzimos nosso impacto ambiental."
As colunas de carregamento da Epiroc na mina Velardeña, do Grupo Peñoles, servem como estações de reabastecimento de energia para a Scooptram ST14 SG elétrica.
Dentro do poço da mina Fantasma no complexo de Velardeña, o estrondo do maquinário mammoth, como as carregadeiras e caminhões de transporte subterrâneo e de despejo, reverbera como trovões nas estreitas galerias. Enquanto a temperatura é moderada na ventilada caverna, que abriga uma Scooptram ST14 SG e duas baterias da Epiroc, ela vai subindo quanto mais fundo os mineradores descem na mina.
A mina Fantasma inclui um labirinto de túneis escavados na lateral de uma montanha a cerca de 1.450 metros acima do nível do mar, havendo um fluxo constante de caminhões e maquinários que entram na escavação vertical existente para extrair zinco, o principal
metal produzido em Velardeña, bem como cobre e chumbo. Historicamente, as carregadeiras, tratores e outros tipos de maquinários que entram na mina usavam diesel mas, em 2022, a Peñoles se juntou à Epiroc para introduzir uma opção de energia limpa - a Scooptram ST14 SG. Os resultados foram imediatamente aparentes.
"Não estou exposto a tanto ruído ou a tantos gases tóxicos quanto quando opero um trator a diesel", Eduardo
García Vaquera, um operador da Peñoles, disse sobre a Scooptram ST14 SG. "Ela proporciona uma experiência de trabalho muito mais confortável e limpa, com muito menos calor e sem emissões de gases tóxicos."
O Grupo Peñoles - o maior produtor de prata do mundo e uma das instituições mais emblemáticas e conhecidas do México - e sua empresa subsidiária, a Fresnillo, "sempre procuram estar na vanguarda das mudanças na indústria", afirma Luis Humberto. Ele tem mais de 40 anos de experiência como minerador e afirma que tanto ele quanto a Peñoles entendem os desafios do setor de mineração, estando sempre a buscar melhorar a segurança e a saúde dos trabalhadores e reduzir os custos elevados de ventilação associados à liberação dos vapores de diesel retidos.
José Luis Pedroza Osorio, do Grupo Peñoles, explica a rede de escavações verticais e sistemas de monitoramento na mina Tizapa da empresa, na região central do México.
Eduardo García Vaquera, operador, Peñoles
Assim, a implementação de uma Scooptram ST14 SG, que é a primeira carregadeira elétrica a bateria de seu tipo a ser implementada em operações de mineração na América Latina, foi uma decisão fácil em Velardeña, onde a Peñoles emprega cerca de 1.350 pessoas - cerca de metade da população do vilarejo - e produz nove toneladas métricas de zinco diariamente, de acordo com Vázquez.
Até o momento, os trabalhadores de manutenção e os operadores da Scooptram ST14 SG, uma carregadeira subterrânea com capacidade para 14 toneladas que tem impressionantes 11 metros de comprimento, são só elogios para as melhorias da nova carregadeira em comparação com as carregadeiras a diesel que eram usadas anteriormente. Eles dizem que a Scooptram ST14 SG oferece uma experiência de condução mais fácil e suave, e a cabine elevada é confortável, espaçosa e oferece uma visibilidade muito melhor, particularmente ao fazer curvas acentuadas nas estreitas e escuras cavernas da mina.
"Se eu tivesse que escolher entre uma ou outra, escolheria a carregadeira a bateria em cem por cento do tempo", disse Vaquera, que é operador da Scooptram há três anos. "Ao dirigir uma carregadeira a diesel, você tem muita vibração, mas, com uma carregadeira elétrica a bateria, não se sente nada."
José Rivero, consultor de planejamento e manutenção, Peñoles
Vaquera e José Rivero, consultor de planejamento de manutenção da Peñoles na mina de Velardeña, concordam que trocar uma bateria da Scooptram ST14 SG - em vez de ter que reabastecer um tanque com diesel - trouxe melhorias imediatas para a eficiência e a velocidade das operações no interior da mina.
Na caverna designada para a Scooptram ST14 SG, há um largo recuo para o estacionamento da carregadeira, no centro da câmara. Este recuo é flanqueado em cada lado da caverna por duas plataformas com faixas amarelas e pretas, adaptadas sob medida para as baterias da carregadeira. Próximo de cada plataforma existem duas estações de carregamento elétrico semelhantes às que você pode ver para automóveis elétricos, e um sistema delgado e elegante de pontes rolantes, que estende a largura da câmara e é usado para transportar as baterias.
Quando é hora de substituir uma bateria, Vaquera controla a delgada ponte rolante vermelha da Epiroc por controle remoto, que agarra a curta e compacta bateria ST14 amarela e cinza, que tem cerca de 2,5 metros de largura, e a transporta da carregadeira para a plataforma. O processo leva apenas alguns minutos, e Rivero, que trabalha para a Peñoles há 33 anos, afirma que a bateria simplificou seu trabalho diário na mina.
"Ela aumentou a segurança, a produtividade e a confiabilidade, além de ter reduzido nossos custos", disse Rivero, acrescentando que cada uma das duas baterias da Epiroc oferece uma carga de mais de quatro horas. "Há muito menos ruído e muito menos defeitos em comparação a uma carregadeira a diesel e, na minha função, a bateria elétrica requer muito menos manutenção e conservação."
Indústrias Peñoles • Fundada no estado de Durango em 1887, a Peñoles é uma das maiores produtoras de prata do mundo e uma das empresas mais lendárias do México. • A Peñoles é uma das principais produtoras globais de zinco refinado e sulfato de sódio. • Líder na América Latina na produção de ouro refinado e chumbo. • A subsidiária do Grupo, a Fresnillo plc, é uma empresa de capital aberto listada nas bolsas de valores de Londres e do México. • A Peñoles faz parte do Grupo Bal, um consórcio privado de empresas mexicanas independentes controlado pela família Bailleres.
